segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Perua chic




À primeira vista, a presença de Cláudia Raia intimida. Com porte grande, o jeito expansivo e o tom de voz grave e alto, a atriz se mostra uma pessoa com o "riso solto", capaz de fazer piadas de tudo. Talvez por isso ela tenha acumulado tantos papéis cômicos nos seus 25 anos de televisão. Toda essa experiência no gênero, no entanto, não é suficiente para fazer da comédia um trabalho fácil. "Pelo contrário. Quanto mais faço, mais fico crítica e mais difícil fica fazer um personagem engraçado verossímil", analisa, do alto do seu 1,80 metro. Fora o salto. No ar como a extravagante Jaqueline de "Ti-Ti-Ti", da Globo, Cláudia se empolga ao definir a sua personagem que, na primeira versão de 1985, foi interpretada por Sandra Bréa. "Ela parece um moleque de rua, é inadequada, está sempre dando um fora. Mas sem deixar de lado o glamour da moda", explica.

E foi o universo "fashion" que aproximou Jaqueline de Jacques Leclair, vivido por Alexandre Borges. Na trama, escrita por Maria Adelaide Amaral, ela se torna sócia do estilista, sendo responsável por dar um ar mais sofisticado às criações dele. Além disso, os dois vivem um caso de amor complicado. Ela é apaixonada por Jacques, mas ele é mulherengo e galanteia desde clientes até a secretária Clotilde, interpretada por Juliana Alves. É exatamente essa característica de Jacques que vai levar a personagem de Cláudia a uma nova fase. "Quando a Jaqueline descobrir que ele tem um caso com a secretária, vai ficar louca. Para se vingar, passa para o lado do Victor Valentim", adianta, citando o papel de Murilo Benício.
Cláudia não esconde o contentamento com a formação do triângulo amoroso. Isso porque, além de trazer uma novidade para a personagem, ela vai ter a oportunidade de repetir a dose com atores que já contracenou. Com 16 trabalhos na tevê, entre novelas e séries, a atriz já fez par romântico com Alexandre seis vezes - o primeiro deles foi em "Engraçadinha", em 1995. "São 15 anos de parceria. Temos uma energia que funciona. É muito melhor atuar ao lado de alguém que você já conhece", valoriza. Já com Murilo, a trajetória não é tão longa. Mas, apesar de só ter atuado ao lado do intérprete de Victor Valentim somente uma vez, em "A Favorita", ela jura que a experiência traz a mesma sensação de conforto: "O Murilo também é um grande companheiro. Eu me sinto nos braços de mamãe".

Além de reviver antigas parcerias, o tema central da novela instiga Cláudia. Perguntada sobre a sua relação com a Moda, a atriz se perde no tempo, analisando o universo fashion. "Acho interessante falar sobre essa superficialidade do mundo da Moda. O lado imediatista e banal do que pode mudar em 24 horas", pondera ela, que não deixa de se informar sobre o assunto.
Mesmo assim, Cláudia não é do tipo que segue os modismos à risca. "Acho um mundo interessantíssimo. Adoro e acompanho a Moda, mas não sou obcecada como a Jaqueline", compara. Personagens bem vestidos, aliás, sempre marcaram presença nos trabalhos da atriz. Mas Cláudia não deixa passar batido quando viveu a Donatela, de "A Favorita", e acabou indo parar na prisão ao longo da história. "Quando me vi vestida com aquela calça amarela, aquela camiseta e aquele cabelo eu falei: ´gente, acabou a minha carreira´.", lembra.

Fonte: Blog Atriz Claudia Raia e Jornal Mogi News

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Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos 11 anos fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13 anos de idade já estava com 1,70 metro de altura, e isto a fazia se considerar "desengonçada"

No início de carreira de bailarina dançou profissionalmente nos Estados Unidos e na Argentina. Aos 13 anos, ganhou uma bolsa para estudar balé em Nova York e ficou lá por 4 anos. Estreou aos 17 anos na televisão brasileira como a personagem Carola, contracenando com o ator Jô Soares no quadro "Vamos Malhar" do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Aos 15 anos de idade participou da versão brasileira do musical A Chorus Line, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha. Em 1984 posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina Playboy, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.

Em 1987, fez a feirante Tancinha da novela Sassaricando e depois em 1988, surpreendeu como a presidiária Tonhão, no quadro "As Presidiárias", no programa TV Pirata. O enorme sucesso das personagens lhe garantiu o reconhecimento como atriz.

Em 1984 começou a namorar o humorista Jô Soares. O romance durou dois anos. Casou com o ator e modelo Alexandre Frota em dezembro de 1986 e com ele permaneceu até 1989. Foi casada durante 17 anos com o também ator Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela Deus nos Acuda, na qual faziam par romântico em 1992. Os dois anunciaram a separação no dia 26 de julho de 2010, de forma amigável.

No inicio do ano de 1997, com 4 anos de casamento, Edson e Cláudia, tiveram o filho Enzo. Cláudia foi convidada para fazer a vampira Mina da novela O Beijo do Vampiro, quando estava grávida pela 2ª vez da filha Sophia.[8] O autor usou a gravidez da atriz e a inseriu na história de sua personagem. Mina daria à luz no capítulo 109, no ar em 30 de dezembro de 2002, uma segunda-feira. Cláudia, então, deixou a trama e teve Sophia no início de 2003. Depois retornou à novela só nos últimos capítulos para finalizar o desfecho da personagem Mina.

Claudia atuou como Donatela Fontini da novela A Favorita, uma mulher que é acusada de um crime que a sua ex-melhor amiga Flora (Patrícia Pillar) cometeu. Foi sua primeira protagonista no horário nobre.[9] Seu sofrimento era tão grande na história que causou comoção nacional.

Em 2010, a atriz participou da novela "Ti Ti Ti" como a madame Jaqueline.

Atualmente interpreta Lívia Marini na novela Salve Jorge como a uma das vilãs da trama, Lívia é uma mulher sofisticada, estilosa e inteligente, acima de qualquer suspeita. O que fica na sombra é a atividade de agenciadora para tráfico de pessoas.