segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Claudia Raia estrela Cabaret em Paulínia !


Encenado pela primeira vez há exatos 45 anos, com texto de Joe Masteroff, música de John Kander e letras de Fred Ebb, Cabaret se tornou um dos musicais de maior sucesso de todos os tempos – não só por sua poderosa equipe de criação, mas também por ter sido uma das mais felizes transposições já realizadas do palco para as telas. Se a montagem de Harold Prince para a Broadway conquistou oito prêmios Tony, o filme de Bob Fosse não ficou atrás: levou o mesmo número de estatuetas no Oscar e, de quebra, consagrou Liza Minnelli no papel da cantora Sally Bowles. Interpretar a personagem sempre foi um sonho acalentado por Claudia Raia, que agora terá a oportunidade de finalmente realizá-lo.


Dono de larga experiência na viabilização de dezenas de musicais, como os recentes A Gaiola das Loucas e Hairspray, Sandro Chaim é parceiro de Claudia na empreitada e assina a produção geral de Cabaret, cujos créditos incluem ainda direção musical e vocal do maestro Marconi Araújo, coreografia de Alonso Barros (de volta ao Brasil depois de uma temporada de 23 anos na Áustria), cenários de Chris Aizner e Renato Theobaldo, figurinos de Fábio Namatame e iluminação de Paulo César Medeiros. Sob o comando de Possi, eles preparam o ambiente para receber o elenco de 21 atores e uma orquestra de 14 músicos, regida em cena pela maestrina Beatriz de Luca. A versão brasileira de textos e musicas é de Miguel Falabella.

Ambientada no Kit Kat Club, uma decadente casa noturna em Berlim, em 1931, a trama, baseada no livro de Christopher Isherwood, gira em torno do relacionamento da inglesa Sally com o escritor americano Cliff Bradshaw, encarnado pelo jovem ator Guilherme Magon, de apenas 25 anos. Paralelamente ao romance entre os personagens principais há ainda a relação entre uma alemã tolerante, Fräulein Schneider (vivida pela atriz Liane Maya), e um judeu, Herr Schultz (Marcos Tumura, protagonista de diversos musicais, entre eles Les Miserables e Miss Saigon).

“O que me fascina em Cabaret é que a sua trama tem um peso. Na maioria dos musicais, as histórias normalmente são leves. Aqui, não. Ela é densa, retrata seres mundanos da noite num momento em que a raça humana estava à beira do abismo. O enredo é situado historicamente numa Alemanha transformada pela ascensão do Partido Nacional Socialista, onde judeus e minorias são acossados e o mundo vive a tensão de uma iminente Segunda Guerra Mundial”, analisa Possi.

A versão cinematográfica, onde a personagem de Liza Minnelli é uma desvairada cantora de cabaré, é mais leve do que a do texto original, que a retrata como uma cativante, porém traiçoeira, prostituta em fim de carreira.

“A Claudia faz uma Sally mais madura, sofrida, sem os arroubos da juventude. Uma mulher que não tem tanto tempo assim pela frente”, adianta Falabella. “Ela é extremamente paradoxal. É adorável, mas ao mesmo tempo também é alcoólatra e histérica. Fora dos holofotes, a vida dela é um desastre absoluto e ela precisa usar de suas artimanhas para sobreviver. Ela não é bipolar, é tripolar”, completa a atriz.

As duas versões também se diferem no tratamento dado ao Mestre de Cerimônias, que tem uma participação mais destacada na escrita para o teatro. Vivido na telona e no musical da Broadway pelo ator Joel Grey, cujas incontestáveis atuações o levaram a receber duplamente o Tony e o Oscar, o papel agora será representado por Jarbas Homem de Mello, um nome recorrente nos musicais produzidos nos últimos dez anos.


A versão original de Cabaret, de 1966, foi escrita pelo dramaturgo Joe Masteroff, que se baseou na peça Eu Sou uma Câmera, de John Van Druten, inspirada, por sua vez, no livro Adeus, Berlim, de Christopher Isherwood. Com músicas de John Kander e Fred Ebb – uma das principais duplas de compositores de musicais da história, donos de sucessos como Chicago e Beijo da Mulher Aranha, entre outros –, o espetáculo teve 1.165 apresentações na Broadway e depois recebeu uma versão londrina, onde a protagonista era interpretada por ninguém menos que Dame Judi Dench.

“Assisti ao espetáculo em diversas oportunidades, em Londres, Nova Iorque, Buenos Aires… O filme, eu vi umas 30 vezes”, conta Claudia, que no último ano evitou assistir ao longa de Bob Fosse para não se influenciar na hora de compor a personagem. “É impossível fugir totalmente das referências, mas acredito que a Sally que construí tem a minha assinatura, é a minha Sally”, compara.

A primeira e única produção nacional do musical foi realizada em 1989. Claudia foi convidada na ocasião pelo diretor Jorge Takla para interpretar a protagonista, mas se viu obrigada a declinar por estar comprometida com uma novela. A vaga terminou ocupada por Beth Goulart e o Mestre de Cerimônias foi vivido por Diogo Vilela. Desde então, interpretar Sally Bowles virou uma espécie de obsessão para ela.

“Dizem que os personagens também caçam seus intérpretes. Foram anos de perseguição recíproca e algumas oportunidades se desenharam, mas os direitos estavam sempre com alguém. No ano passado, quando eles foram liberados, eu e o Sandro Chaim corremos para adquiri-los”, lembra Claudia.

Tamanha perseverança deverá se refletir no esmero da produção. A iluminação de Medeiros, os 150 figurinos luxuosos de Namatame e o cenário de Chris Aizner e Renato Theobaldo – que ocuparão um setor da plateia com 11 mesas destinadas ao público – foram desenhados meticulosamente para fazer com que todos se sintam dentro de um cabaré de fato.

Cabaret em números:


- 80 profissionais envolvidos, entre artistas e técnicos
- 150 figurinos (Claudia Raia usa dez figurinos e tem nove trocas de roupas durante o espetáculo)
- 18 músicas
- 40 perucas usadas pelo elenco
- 11 mesas que acomodam um total de 60 pessoas (do público) instaladas em cima do palco para formar o clima de cabaré
- cenário de 7 toneladas

Curiosidades:


- A produção precisou importar 20 caixas de cigarros de alface para Claudia, que é ex-fumante, usar em cena. Ela acende dois cigarros por sessão.
- O vestido que Claudia usa em Grana (Money), criado por Fabio Namatame, tem 20 mil pedras de cristais Swarovski bordados à mão.


Curta Temporada – De 8 a 11/Março
Quinta e Sexta – 21h // Sábado – 17h30 e 21h30 // Domingo – 18h
Local:

TEATRO MUNICIPAL DE PAULÍNIA
End: Av. José Lozano Araújo, 1551 – Pq. Brasil 500
Telefone: (19) 3933-2140


Fonte: TeatroGT

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Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos 11 anos fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13 anos de idade já estava com 1,70 metro de altura, e isto a fazia se considerar "desengonçada"

No início de carreira de bailarina dançou profissionalmente nos Estados Unidos e na Argentina. Aos 13 anos, ganhou uma bolsa para estudar balé em Nova York e ficou lá por 4 anos. Estreou aos 17 anos na televisão brasileira como a personagem Carola, contracenando com o ator Jô Soares no quadro "Vamos Malhar" do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Aos 15 anos de idade participou da versão brasileira do musical A Chorus Line, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha. Em 1984 posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina Playboy, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.

Em 1987, fez a feirante Tancinha da novela Sassaricando e depois em 1988, surpreendeu como a presidiária Tonhão, no quadro "As Presidiárias", no programa TV Pirata. O enorme sucesso das personagens lhe garantiu o reconhecimento como atriz.

Em 1984 começou a namorar o humorista Jô Soares. O romance durou dois anos. Casou com o ator e modelo Alexandre Frota em dezembro de 1986 e com ele permaneceu até 1989. Foi casada durante 17 anos com o também ator Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela Deus nos Acuda, na qual faziam par romântico em 1992. Os dois anunciaram a separação no dia 26 de julho de 2010, de forma amigável.

No inicio do ano de 1997, com 4 anos de casamento, Edson e Cláudia, tiveram o filho Enzo. Cláudia foi convidada para fazer a vampira Mina da novela O Beijo do Vampiro, quando estava grávida pela 2ª vez da filha Sophia.[8] O autor usou a gravidez da atriz e a inseriu na história de sua personagem. Mina daria à luz no capítulo 109, no ar em 30 de dezembro de 2002, uma segunda-feira. Cláudia, então, deixou a trama e teve Sophia no início de 2003. Depois retornou à novela só nos últimos capítulos para finalizar o desfecho da personagem Mina.

Claudia atuou como Donatela Fontini da novela A Favorita, uma mulher que é acusada de um crime que a sua ex-melhor amiga Flora (Patrícia Pillar) cometeu. Foi sua primeira protagonista no horário nobre.[9] Seu sofrimento era tão grande na história que causou comoção nacional.

Em 2010, a atriz participou da novela "Ti Ti Ti" como a madame Jaqueline.

Atualmente interpreta Lívia Marini na novela Salve Jorge como a uma das vilãs da trama, Lívia é uma mulher sofisticada, estilosa e inteligente, acima de qualquer suspeita. O que fica na sombra é a atividade de agenciadora para tráfico de pessoas.