domingo, 6 de dezembro de 2009

Claudia Raia faz musical "popular" de até R$ 200


Claudia Raia, 42, sonhou com uma caixa branca que era um microcosmo do universo feminino. O cubo "andava pelo Brasil inteiro, levando teatro para as pessoas". Ao acordar, traduziu a fantasia como "parte de um projeto social, em que eu poderia popularizar o musical, um gênero caro e engessado por seu tamanho".
"Pernas pro Ar", que estreia em São Paulo hoje, de fato injeta bossa num formato que respira rigor e precisão --combinação que é meio caminho para a frieza. A história da entediada dona de casa Helô, que recebe do diabo um ultimato para se reinventar, é contada com as protocolares coreografias, canções, números de sapateado e percussão corporal.
Mas também com entrechos de dramaturgia que remetem ao besteirol e fariam corar os produtores dos ingênuos títulos da Broadway transpostos tal e qual para a cena brasileira.
A questão é o alcance do projeto social associado ao espetáculo. Para por em prática a ideia de "encontrar tribos que não frequentam o teatro", a atriz conta com quatro patrocinadores, que financiam o espetáculo via Lei Rouanet.
A produção não divulga o orçamento, mas se trata de "um empreendimento", como diz Raia, com orquestra ao vivo, 12 bailarinos-cantores-atores em cena, uma tecnologia de projeção inédita no país e uma equipe que soma 50 pessoas.
Até julho do ano que vem, "Pernas" aportará em 17 capitais. Segundo a atriz, ONGs de canto e artes cênicas serão convidadas a assistir a ensaios, e haverá sessões abertas de um making-of do musical. Também estão previstas apresentações gratuitas no pier Mauá, no Rio, e em um hangar de vidro em Belém.
Os ingressos para a minitemporada em São Paulo, entretanto, custam entre R$ 50 e R$ 200. "Tenho ingressos de todos os preços porque preciso sobreviver", afirma Raia.
Pernas, pra que te quero
No enredo do musical, o 1,10 m de pernas de Helô (Raia) rouba o protagonismo da personagem ao criar vida própria e, à revelia da dona, conduzi-la a lugares como um ringue de boxe, um terreiro de macumba e um ônibus lotado. Fora de cena, a atriz reconhece a contribuição delas à sua imagem, mas pondera que "soube aproveitar a beleza como adendo para virar atriz": "Não luto contra isso. É mais uma coisa de que posso brincar.
Quem quiser imaginar que imagine. Mas tampouco quero ser refém dessa imagem." E aproveita para dar sua versão de uma antiga anedota: a de que teria segurado suas pernas por US$ 1 milhão. "Não foi ideia minha, mas de uma seguradora que me patrocinava [no começo dos anos 90]. Jamais faria seguro das minhas pernas."
Veterana em matéria de musicais (estreou no gênero em 86, com "A Chorus Line"), Raia vê três lacunas na produção brasileira contemporânea nesse formato: direção, dramaturgia e composição. "Já temos elenco preparado para manter cinco grandes musicais em cartaz ao mesmo tempo. Também há bons técnicos.Mas ainda faltam diretores e, sobretudo, compositores que escrevam contando histórias.
Acho que o Lenine faria um belo musical. E o Chico [Buarque] tinha de voltar a fazê-los." Vinda de uma sequência de musicais que inclui "O Beijo da Mulher Aranha" (2001) e "Sweet Charity" (2006), a atriz planeja para breve uma incursão pelo "teatro experimental, para 20 pessoas, em que você passa um ano estudando".
Cacá Carvalho, que a dirige aqui e está também à frente da Casa Laboratório, referência no teatro de pesquisa paulistano, poderá mostrar o caminho das pernas.
PERNAS PRO AR
Quando: estreia hoje, às 21h, domingo, às 20h, e dias 10, 11 e 12, às 21hOnde: teatro Bradesco (Bourbon Shopping - r. Turiassu, 2.100, 3º andar, tel. 0/xx/11/3670-4141)Quanto: de R$ 50 a R$ 200Classificação: 14 anos
Fonte: Folha Online

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Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos 11 anos fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13 anos de idade já estava com 1,70 metro de altura, e isto a fazia se considerar "desengonçada"

No início de carreira de bailarina dançou profissionalmente nos Estados Unidos e na Argentina. Aos 13 anos, ganhou uma bolsa para estudar balé em Nova York e ficou lá por 4 anos. Estreou aos 17 anos na televisão brasileira como a personagem Carola, contracenando com o ator Jô Soares no quadro "Vamos Malhar" do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Aos 15 anos de idade participou da versão brasileira do musical A Chorus Line, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha. Em 1984 posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina Playboy, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.

Em 1987, fez a feirante Tancinha da novela Sassaricando e depois em 1988, surpreendeu como a presidiária Tonhão, no quadro "As Presidiárias", no programa TV Pirata. O enorme sucesso das personagens lhe garantiu o reconhecimento como atriz.

Em 1984 começou a namorar o humorista Jô Soares. O romance durou dois anos. Casou com o ator e modelo Alexandre Frota em dezembro de 1986 e com ele permaneceu até 1989. Foi casada durante 17 anos com o também ator Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela Deus nos Acuda, na qual faziam par romântico em 1992. Os dois anunciaram a separação no dia 26 de julho de 2010, de forma amigável.

No inicio do ano de 1997, com 4 anos de casamento, Edson e Cláudia, tiveram o filho Enzo. Cláudia foi convidada para fazer a vampira Mina da novela O Beijo do Vampiro, quando estava grávida pela 2ª vez da filha Sophia.[8] O autor usou a gravidez da atriz e a inseriu na história de sua personagem. Mina daria à luz no capítulo 109, no ar em 30 de dezembro de 2002, uma segunda-feira. Cláudia, então, deixou a trama e teve Sophia no início de 2003. Depois retornou à novela só nos últimos capítulos para finalizar o desfecho da personagem Mina.

Claudia atuou como Donatela Fontini da novela A Favorita, uma mulher que é acusada de um crime que a sua ex-melhor amiga Flora (Patrícia Pillar) cometeu. Foi sua primeira protagonista no horário nobre.[9] Seu sofrimento era tão grande na história que causou comoção nacional.

Em 2010, a atriz participou da novela "Ti Ti Ti" como a madame Jaqueline.

Atualmente interpreta Lívia Marini na novela Salve Jorge como a uma das vilãs da trama, Lívia é uma mulher sofisticada, estilosa e inteligente, acima de qualquer suspeita. O que fica na sombra é a atividade de agenciadora para tráfico de pessoas.