sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cláudia Raia: quando o tamanho faz a diferença


Contrariando o ditado, no caso de Claudia Raia tamanho é documento. A sua exuberância física permite que Jacqueline seja, simultaneamente, sedutora e ameaçadora - dependendo da situação e para quem impulsionara o corpo.

Cláudia Raia é um vulcão em permanente erupção física e artística neste remeke de Ti-Ti-Ti.

Ninguém segura

Não chega a ser surpresa o show de Cláudia Raia em papel humorístico. Surpresa, pelo altíssimo nível alcançado, foi o desempenho dela em “A Favorita”, inclusive, por não se deixar ofuscar por uma Patrícia Pillar que estava agraciada com a luz dos deuses da interpretação.

Cláudia é uma força da natureza que adentra em cena como uma Bette Davis do riso. Em duas sequências memoráveis, destruiu o apartamento, na briga com o marido (Breno / Tato Gabus Mendes), e virou corredora de meia maratona, na perseguição (pelas ruas) a Victor Valentim (Murilo Benício).

O pique da interpretação
A super-atuação é um perigo, pois, na maioria das vezes, torna-se desgraciosamente repetitiva. Como exemplo negativo, veja o chatíssimo Jair interpretado por André Gonçalves em “ Escrito nas Estrelas”.

Isso, porém, não está acontecendo com Jacqueline. O pique da interpretação de Cláudia Raia, devidamente ajustada ao estilo da história, está entre as melhores coisas da novela das sete.
O furacão com nome francês Outro furacão em cena é Alexandre Borges, em composição radicalmente oposta ao do papel vivido em “Caminho das Índias”, reapareceu deliciosa e perigosamente descontrolado como Jacques Leclair – o sofisticado, afeminado e sexualmente dissimulado estilista de Ti-Ti-Ti.

Alexandre Borges faz no elenco masculino, o que no feminino Cláudia Raia está fazendo. Até o sorriso afivelado no rosto, uma das características da imagem cênica do ator, combina com o charme afetado do vivaldino Jacques Leclair.

O dinamismo físico de Alexandre Borges, em sintonia com o de Cláudia Raia, consegue afastar a monotonia das situações repetitivas da trama.

Ele é melhor no drama

A história de Ti-Ti-Ti tem como plataforma de sustentação humorística a rivalidade pessoal e profissional dos costureiros Jacques LecLair e Victor Valentim, e, entre os dois, a indomável Jacqueline: “Eu sou hiperativa. Não sei ficar parada”.

Apesar do seu comprovado talento, Murilo Benício possui um perfil artístico que se ajusta mais ao drama (esteve excelente em “A Favorita”) do que na comédia. Ele não atrapalha, e, nas vezes em que aparece como o sedutor costureiro espanhol, se sai bem. Mas, no conjunto, acha-se longe de Cláudia Raia e Alexandre Borges.

Fonte: Tribuna do Norte

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Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos 11 anos fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13 anos de idade já estava com 1,70 metro de altura, e isto a fazia se considerar "desengonçada"

No início de carreira de bailarina dançou profissionalmente nos Estados Unidos e na Argentina. Aos 13 anos, ganhou uma bolsa para estudar balé em Nova York e ficou lá por 4 anos. Estreou aos 17 anos na televisão brasileira como a personagem Carola, contracenando com o ator Jô Soares no quadro "Vamos Malhar" do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Aos 15 anos de idade participou da versão brasileira do musical A Chorus Line, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha. Em 1984 posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina Playboy, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.

Em 1987, fez a feirante Tancinha da novela Sassaricando e depois em 1988, surpreendeu como a presidiária Tonhão, no quadro "As Presidiárias", no programa TV Pirata. O enorme sucesso das personagens lhe garantiu o reconhecimento como atriz.

Em 1984 começou a namorar o humorista Jô Soares. O romance durou dois anos. Casou com o ator e modelo Alexandre Frota em dezembro de 1986 e com ele permaneceu até 1989. Foi casada durante 17 anos com o também ator Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela Deus nos Acuda, na qual faziam par romântico em 1992. Os dois anunciaram a separação no dia 26 de julho de 2010, de forma amigável.

No inicio do ano de 1997, com 4 anos de casamento, Edson e Cláudia, tiveram o filho Enzo. Cláudia foi convidada para fazer a vampira Mina da novela O Beijo do Vampiro, quando estava grávida pela 2ª vez da filha Sophia.[8] O autor usou a gravidez da atriz e a inseriu na história de sua personagem. Mina daria à luz no capítulo 109, no ar em 30 de dezembro de 2002, uma segunda-feira. Cláudia, então, deixou a trama e teve Sophia no início de 2003. Depois retornou à novela só nos últimos capítulos para finalizar o desfecho da personagem Mina.

Claudia atuou como Donatela Fontini da novela A Favorita, uma mulher que é acusada de um crime que a sua ex-melhor amiga Flora (Patrícia Pillar) cometeu. Foi sua primeira protagonista no horário nobre.[9] Seu sofrimento era tão grande na história que causou comoção nacional.

Em 2010, a atriz participou da novela "Ti Ti Ti" como a madame Jaqueline.

Atualmente interpreta Lívia Marini na novela Salve Jorge como a uma das vilãs da trama, Lívia é uma mulher sofisticada, estilosa e inteligente, acima de qualquer suspeita. O que fica na sombra é a atividade de agenciadora para tráfico de pessoas.