segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Agora, vou mostrar a minha Sally', diz Cláudia Raia


Claudia Raia persegue Sally Bowles há mais de 20 anos. “Essa personagem quase se transformou em uma fixação para mim”, conta ela que, em 1989, foi convidada pelo diretor Jorge Takla para representar o papel. O envolvimento com uma novela de TV, porém, impediu Claudia de aceitar o convite. A vaga terminou ocupada por Beth Goulart.

Mais alguns anos e a atriz, que já vira montagens em Londres e Nova York, além de ter revisto o filme de Bob Fosse inúmeras vezes, decide montar Cabaret, assumindo a produção. Novamente, não foi feliz pois os direitos para o Brasil já estavam negociados. “Até que me associei a Sandro Chaim, audacioso como eu, para ficar na vigília até que o musical estivesse liberado.” Foi o que aconteceu no início do ano.

Claudia acredita que a longa espera foi benéfica, pois permitiu que amadurecesse sua interpretação de Sally Bowles. “Foram surgindo variações dessa personagem, desde a deslumbrada vivida por Liza Minnelli no cinema até a horrenda montagem dirigida por Sam Mendes, em que Sally desponta como uma mulher patética”, conta a atriz que, no meio do caminho, viveu um tipo semelhante em Sweet Charity, musical também transformado em grande filme por Bob Fosse. “Agora, vou mostrar a minha Sally.”

Em cena, a atriz vive uma mulher inteligente, que sabe estar em fim de carreira e que se agarra a um homem íntegro, o escritor Cliff Bradshaw, como última tentativa de melhor de vida. “Ela é dark, pois a situação sempre pesa para seu lado”, observa Claudia, que preparou cuidadosamente sua participação. Afinal, além de dançar, canta melodias difíceis, especialmente as temperadas por emoção como Maybe This Time e a canção tema. “Recebi um tratamento especial do maestro Marconi Araújo, que preparou um coro com vozes mais esganiçadas, a fim de que a minha, mais grave, faça o contraponto.”

A produção também é caprichada. Claudia, por exemplo, usa dez figurinos criados por Fabio Namatame e tem nove trocas de roupas durante o espetáculo. Em uma delas, quando canta a famosa Money (traduzida aqui por Grana), a atriz usa um vestido especial, com 20 mil pedras de cristais Swarovski bordados à mão. Como também deixou de fumar, Claudia utiliza cigarros de alface em cena - foram importadas 20 caixas desse produto especialmente para os dois momentos em que ela acende um.

A versão original de Cabaret, de 1966, foi escrita pelo dramaturgo Joe Masteroff, que se baseou na peça Eu Sou Uma Câmera, de John Van Druten, inspirada, por sua vez, no livro Adeus, Berlim, de Christopher Isherwood. Com músicas de John Kander e Fred Ebb - clássica dupla de compositores de musicais da história, donos de sucessos como Chicago e Beijo da Mulher Aranha - o espetáculo teve 1.165 apresentações na Broadway.




Fonte: Blog Atriz Claudia Raia ( primeira foto e reportagem e segunda foto: facebook

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Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos 11 anos fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13 anos de idade já estava com 1,70 metro de altura, e isto a fazia se considerar "desengonçada"

No início de carreira de bailarina dançou profissionalmente nos Estados Unidos e na Argentina. Aos 13 anos, ganhou uma bolsa para estudar balé em Nova York e ficou lá por 4 anos. Estreou aos 17 anos na televisão brasileira como a personagem Carola, contracenando com o ator Jô Soares no quadro "Vamos Malhar" do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Aos 15 anos de idade participou da versão brasileira do musical A Chorus Line, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha. Em 1984 posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina Playboy, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.

Em 1987, fez a feirante Tancinha da novela Sassaricando e depois em 1988, surpreendeu como a presidiária Tonhão, no quadro "As Presidiárias", no programa TV Pirata. O enorme sucesso das personagens lhe garantiu o reconhecimento como atriz.

Em 1984 começou a namorar o humorista Jô Soares. O romance durou dois anos. Casou com o ator e modelo Alexandre Frota em dezembro de 1986 e com ele permaneceu até 1989. Foi casada durante 17 anos com o também ator Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela Deus nos Acuda, na qual faziam par romântico em 1992. Os dois anunciaram a separação no dia 26 de julho de 2010, de forma amigável.

No inicio do ano de 1997, com 4 anos de casamento, Edson e Cláudia, tiveram o filho Enzo. Cláudia foi convidada para fazer a vampira Mina da novela O Beijo do Vampiro, quando estava grávida pela 2ª vez da filha Sophia.[8] O autor usou a gravidez da atriz e a inseriu na história de sua personagem. Mina daria à luz no capítulo 109, no ar em 30 de dezembro de 2002, uma segunda-feira. Cláudia, então, deixou a trama e teve Sophia no início de 2003. Depois retornou à novela só nos últimos capítulos para finalizar o desfecho da personagem Mina.

Claudia atuou como Donatela Fontini da novela A Favorita, uma mulher que é acusada de um crime que a sua ex-melhor amiga Flora (Patrícia Pillar) cometeu. Foi sua primeira protagonista no horário nobre.[9] Seu sofrimento era tão grande na história que causou comoção nacional.

Em 2010, a atriz participou da novela "Ti Ti Ti" como a madame Jaqueline.

Atualmente interpreta Lívia Marini na novela Salve Jorge como a uma das vilãs da trama, Lívia é uma mulher sofisticada, estilosa e inteligente, acima de qualquer suspeita. O que fica na sombra é a atividade de agenciadora para tráfico de pessoas.