sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Claudia Raia, no ar como a vilã de ‘Salve Jorge’, fala de sua obsessão por exercícios


Claudia Raia em um dia feliz é assim: de repente, solta uma gargalhada deliciosamente sonora, do tamanho de suas pernas longas. À primeira vista, a atriz é um espelho de sua rotina espartana; seu corpo forte, um reflexo do exercício diário, que ela não abandona jamais. Mas dentro daquele corpo musculoso bate um coração mole, e nas suas veias corre muito humor. Confira o bate-papo com a vilã de ‘Salve Jorge’, que está em cartaz em São Paulo com o espetáculo ‘Cabaret’.


Você tem sido um dos grandes destaques de ‘Salve Jorge’. Seu núcleo é apontado como responsável por segurar a trama. O que você acha disso? 

Claudia Raia: Não tem isso, é muito cedo para fazer qualquer análise, a novela está se instalando e estreou no horário de verão. O núcleo das traficadas é central, e que bom que está dando certo. Quanto a eu segurar a novela, acho que não tem nada a ver. A personagem é uma vilã, a dona da ação. Que mulher é essa que trafica bebês? Mas eu estou adorando fazer a Lívia. É muito diferente de tudo que eu já fiz, é quase que apertar a tecla SAP de mim mesma. É tudo menos, menos, menos. Para mim é megacustoso, porque sou uma atriz muito física e vigorosa, e ela tem poucos gestos, é pouco de tudo. Não pode aparecer nada, é tudo velado, é uma interpretação quase com a íris do olho somente.

O que você ouve nas ruas? 

Claudia Raia: Escuto muito: ‘Nossa, estou com ódio de você desde a primeira -semana!’. Ou: ‘Que linda, que chique, mas que demônia!’ Já ouvi também: ‘Sua bruxa nude!’ (risos).

Por muito tempo, Bibi Ferreira, Marília Pêra e você eram ‘as atrizes brasileiras de musical’, as únicas que seguravam a onda de cantar, dançar e atuar no palco. De repente, houve um boom de musicais e se viu que o Brasil está cheio de atores completos. É uma felicidade ver o gênero disseminado ou você gostava de ser a grande estrela? 

Claudia Raia: É praticamente a realização dos meus sonhos. Quando eu comecei a fazer musical, eu quase que catava elenco na rua. Perguntava se sabia cantar ‘Parabéns pra Você’ e a pessoa entrava no elenco. Era uma coisa meio mãe, de pessoas que começaram comigo aos 18 anos, eu era madrinha, moldava do meu jeito. Disciplinava eles e dizia: ‘Não me saia da linha porque você é um high act’ (artista superior). Depois os via em outros musicais, crescendo, com papéis melhores, dava vontade de chorar. É uma coisa meio mãe de Miss, ver minhas crianças crescendo e florescendo. Fico toda boba. No formato antigo nós produzíamos e atuávamos, a maioria dos espetáculos fui eu que produzi. Era muito complicado.

Qual seu nível de rigidez com relação a exercícios?

É uma coisa da vida inteira dedicada a isso. Não à beleza e ao belo corpo, mas à saúde, à profissão, à disciplina de bailarina. Malho todos os dias, a qualquer hora, mesmo se forem 11 e meia da noite. Chego em casa do Projac, janto com meus filhos, decoro o texto e vou para a esteira. Essa disciplina vem da minha educação, não é uma coisa que aprendi agora para ficar linda e com o bumbum duro e a pernona grossa. Minha mãe era dona de uma academia de dança, eu danço desde os 3 anos de idade. Como é sua vida?
Sou uma pessoa extremamente feliz, alegre, gosto de sair, adoro comer, a-do-ro comer, é um dos grandes prazeres da minha vida, só que eu como direito. E quando tenho que sair e dar uma escorregada, também escorrego. Viver com poucos prazeres é inconcebível para mim, mas tenho uma alimentação extremamente regrada. Para esse espetáculo, precisava de um shape bem longilíneo, até por conta da época.

O que você vê quando se olha no espelho?

Uma mulher interessante, não exatamente bonita. Eu acho que tenho várias porções que unidas combinam. Se eu me visse na rua, pensaria: ‘Que mulher interessante! Grandona, alta e tal’. Tenho um estilo, uma coisa exótica. Mas principalmente, eu veria a minha alegria, acho que é o que eu tenho de melhor.

É sexy estar em cena com o namorado?

Temos apenas um número juntos e ele não faz par romântico comigo. Mas trabalhar junto é bacana, ainda mais nesse momento em que estou tendo que otimizar o meu tempo. Ter um namorado embutido é tão bom! Além disso, o Jarbas é um encontro profissional muito bacana na minha vida. Fazia muito tempo que queria trabalhar com ele, sempre me falavam dele.

Como se conheceram?

Ele foi fazer a audição e eu fiquei de boca aberta. Como eu fazia a produção do espetáculo, ele veio falar comigo sobre o contrato e eu disse: ‘Já estou namorando você há um tempão’. Aí, ele respondeu: ‘Bom, então vamos casar!’. Falou brincando, isso há 4 anos, eu estava casada. Mas é engraçado lembrar essa história. Primeiro, a gente ficou amigo e ele me ajudou muito no processo de separação. Foi meu esteio nesse momento. A nossa relação começou quatro meses depois da estreia de ‘Cabaret’. A gente se dava muito bem antes, mas não tinha nada a ver. Só depois foi colorindo a amizade.

O que você acha de a Globo estar de olho no seu filho Enzo?

Não sei de onde isso saiu, sinceramente. Acho bem difícil ele aceitar. Ele quer ser músico, fazer uma faculdade fora do País. É um cara que está em outra, toca cinco instrumentos, muito talentoso, canta superbem.

O que você vê na sua filha Sofia que lembra você?

Tanta coisa! O mais legal na Sofia é que ela tem uma mistura minha e do Edson, mas ao mesmo tempo ela é tão ela! Brinco que ela é uma Claudia Raia 4G. Mas aí a Carolina Dieckmann disse: ‘Não, ela é 10G, um G que ninguém inventou’. Quem conhece ela sabe. É uma menina forte, com muita personalidade e opinião. Sabe o que quer, do que gosta.

E como eles lidaram com a separação?

Eles moram comigo, mas vão para a casa do Edson quando estou em São Paulo. A minha relação com o Edson é muito aberta, e eu não estou procurando um pai para os meus filhos, o deles é maravilhoso. Não tem dia para pegar, pega a hora que quiser. Quer almoçar, vai. Eles ficam muito à vontade com isso, porque sabem que não perderam nem o pai nem a mãe. Apenas o pai e a mãe não são mais namorados. Quando eles sacaram que não perderam nenhum de nós, eles acalmaram. Não foi nada demais, houve o processo de luto, depois de entendimento e então de aceitação. 

Fonte: Fã Site Atriz Claudia Raia

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Seu primeiro trabalho profissional foi aos 10 anos de idade, como manequim do costureiro Clodovil Hernandes. Aos 11 anos fez um tratamento para controlar o excesso de crescimento; aos 13 anos de idade já estava com 1,70 metro de altura, e isto a fazia se considerar "desengonçada"

No início de carreira de bailarina dançou profissionalmente nos Estados Unidos e na Argentina. Aos 13 anos, ganhou uma bolsa para estudar balé em Nova York e ficou lá por 4 anos. Estreou aos 17 anos na televisão brasileira como a personagem Carola, contracenando com o ator Jô Soares no quadro "Vamos Malhar" do programa Viva o Gordo, na Rede Globo.

Aos 15 anos de idade participou da versão brasileira do musical A Chorus Line, fazendo o papel de Sheila, uma personagem dezoito anos mais velha. Em 1984 posou pela primeira vez para a edição brasileira da revista masculina Playboy, ainda com o nome de Maria Cláudia. Posou novamente em 1985 e 1986, já como Cláudia Raia.

Em 1987, fez a feirante Tancinha da novela Sassaricando e depois em 1988, surpreendeu como a presidiária Tonhão, no quadro "As Presidiárias", no programa TV Pirata. O enorme sucesso das personagens lhe garantiu o reconhecimento como atriz.

Em 1984 começou a namorar o humorista Jô Soares. O romance durou dois anos. Casou com o ator e modelo Alexandre Frota em dezembro de 1986 e com ele permaneceu até 1989. Foi casada durante 17 anos com o também ator Edson Celulari, por quem se apaixonou durante as gravações da telenovela Deus nos Acuda, na qual faziam par romântico em 1992. Os dois anunciaram a separação no dia 26 de julho de 2010, de forma amigável.

No inicio do ano de 1997, com 4 anos de casamento, Edson e Cláudia, tiveram o filho Enzo. Cláudia foi convidada para fazer a vampira Mina da novela O Beijo do Vampiro, quando estava grávida pela 2ª vez da filha Sophia.[8] O autor usou a gravidez da atriz e a inseriu na história de sua personagem. Mina daria à luz no capítulo 109, no ar em 30 de dezembro de 2002, uma segunda-feira. Cláudia, então, deixou a trama e teve Sophia no início de 2003. Depois retornou à novela só nos últimos capítulos para finalizar o desfecho da personagem Mina.

Claudia atuou como Donatela Fontini da novela A Favorita, uma mulher que é acusada de um crime que a sua ex-melhor amiga Flora (Patrícia Pillar) cometeu. Foi sua primeira protagonista no horário nobre.[9] Seu sofrimento era tão grande na história que causou comoção nacional.

Em 2010, a atriz participou da novela "Ti Ti Ti" como a madame Jaqueline.

Atualmente interpreta Lívia Marini na novela Salve Jorge como a uma das vilãs da trama, Lívia é uma mulher sofisticada, estilosa e inteligente, acima de qualquer suspeita. O que fica na sombra é a atividade de agenciadora para tráfico de pessoas.