Na apresentação da peça para a imprensa, em meados do mês de estreia, a atriz rasgou-se em elogios. “Ele é um menino que é uma faísca, ele é tudo na vida, um grande ator” disse, antes de completar: “já falei para ele: ‘quero te tornar o melhor ator de teatro musical do país'
Segundo Mateus, a simpatia entre os dois foi imediata. “A Claudia começou muito nova, então, desde o começo ela se identificou um pouco comigo porque nossas histórias são parecidas. Na minha audição, quando eu consegui o papel, ela disse: ‘a gente adorou sua energia, continua sempre com isso’”.
Apesar ter tido com "Cabaret", aos 17, a estreia no circuito profissional, Mateus tem a vida ligada à arte desde pequeno. “Quando eu era bem menino eu gostava de mágica e a minha família sempre abraçou muito a arte. Meu pai e meu irmão tocam instrumentos e minha mãe fez teatro. Sempre me interessei”.
Aos dez anos começou com as primeiras aulas em Fortaleza – Mateus é natural de Florianópolis. Depois, com 14 anos, vivendo em Brasília, ao estudar especificamente o teatro musical, decidiu seu futuro. “No início eu não tinha muita certeza do que eu queria, mas, quando vi que dava, sim, para ganhar a vida desta forma, não tive mais dúvidas de que era isso mesmo que eu queria”.
Em cartaz há quase um mês, o bailarino ainda se recorda vividamente do momento em que foi chamado para subir ao palco pela primeira vez com o espetáculo. “Na primeira noite rolou um frio forte na barriga antes de entrar em cena, mas, mais do que nervoso, eu estava muito ansioso, feliz e animado”.
Segundo Mateus, os minutos passados em cena são sempre especiais. “Meus melhores momentos de vida são quando eu subo no palco. Eu me esqueço de tudo, me sinto muito realizado com a arte”.
Por enquanto, reconhecimento na rua, só quando morava em Brasília e participava de espetáculos menores. Em São Paulo, com “Cabaret”, Mateus confessa ainda conseguir se manter no anonimato. “O meu personagem é um garoto nazista, eu uso uma peruca loira. Então fica difícil me reconhecerem”.
Sempre estudando e se aprimorando em diversos tipos de dança: jazz, sapateado e balé são alguns deles, Mateus sonha com uma carreira de sucesso. “Se eu vou ou não ser (a próxima grande estrela dos musicais) eu não sei, mas tenho muita vontade de que isso aconteça e vou me esforçar muito”, garante, antes de confessar seu maior receio: “tenho medo de deixar passar uma oportunidade boa e, principalmente, de não ser feliz, de não me realizar”.
Para os adolescentes que pensam em seguir carreira na área, o bailarino dá a dica: aproveite o tempo livre para aprimorar suas habilidades. “Tem que estudar. O mercado está crescendo e tem muita gente nova. Tem que aproveitar a idade e fazer o máximo de coisas possível.”
Apenas não espere que tudo aconteça de uma hora para a outra. Dependendo da idade em que se começa, conseguir trabalho pode ser complicado. “Com 14 anos é difícil porque você não é criança, mas também não é adulto. Tem que estudar para quando chegar a hora, você estar preparado”, finaliza.
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